O Último Feriado do Mundo

Rodovia dos Imigrantes: Ecovias já fala em 19 Km de congestionamento

O feriado prolongado de 07 de setembro, independente de manifestações bolsonaristas, já mostra de antemão que o levantamento total das restrições da pandemia foi um equívoco de proporções monumentais.

No caso de São Paulo, esse equívoco fica patente: a previsão é que entre 4,5 milhões de veículos e 5,1 milhões de veículos deixem a capital paulista rumo ao interior e ao litoral do estado. Para vocês terem uma ideia: entre o Natal e o Ano Novo de 2019/2020, saíram cerca de 3 milhões de veículos.

Estamos falando de uma vez e meia o movimento de Natal de Ano Novo em um feriado. Algo que beira o surreal, e que certamente fará com que muita gente tenha que exercitar a paciência nas estradas nos próximos dias, além de enfrentar toda espécie de superlotação em praias e supermercados do litoral.

Seria normal, se essas superlotações não fossem em um contexto de pandemia, em que mais da metade das pessoas ainda não completou seu ciclo vacinal. É perfeitamente compreensível a ansiedade das pessoas em viajar, e o governo de São Paulo legitimou esse sentimento ao levantar as restrições no estado. Mas aglomerações ainda são perigosas, especialmente em um cenário de avanço da Variante Delta.

A torcida é que a propagação da doença seja menor que o esperado pelos especialistas. O Brasil de fato tem tido uma grande vantagem em relação aos demais países do mundo: com exceção de meia dúzia de bolsonaristas malucos, todo mundo está se vacinando. A cultura de vacinação propagada desde os anos 80 tem se mostrado um dos maiores acertos em políticas públicas da história do país, nesse que é o grande teste de força da cultura de vacinação generalizada, diante de uma pandemia gravíssima e de um governo negacionista.

Não estamos no pós pandemia, mas as pessoas foram levadas a pensar que já estão. E vão sair para o feriado de sete de setembro como se fosse o último feriado do mundo.

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Um comentário sobre “O Último Feriado do Mundo

  1. Excelente análise Leonardo! Acho que tem alguns buracos a serem preenchidos como as reformas feitas no Governo Covas!
    Mas a sua análise é perfeita! Houve um esforço muito grande de tornar a administração pública Paulista, a partir dos anos 60, com Paulo Egídio, especialmente, eficiente e preparada parA apoiar o desenvolvimento da economia Paulista!
    Foi tão inovador que não foi compreendido! A partir de Covas houve uma perseguição a tido que pudesse representar um avanço! Uma verdadeira guerra a todo e qualquer “esclarecimento”. O obscurantismo “talibam” se deu com o mulah “Al ki Min”, que propôs o fim do Butantan!! Uma luta focada no obscurantismo! Orientado pela “opus dei”!
    Muito bom o seu trabalho de recuperar essa memória!!
    Parabéns

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