Uma necessidade urgente é a da criação de um novo partido político, adaptado às demandas da sociedade do século XXI.
No entanto, para entender essa necessidade, é preciso desenvolver algumas ideias:
– A não obrigatoriedade de filiação partidária para se disputar uma eleição. O sistema atual é eficiente, mas incentiva o fisiologismo quando você é obrigado a se filiar a um partido para disputar qualquer cargo.
– O partido deve ser um diferencial. A maioria dos partidos, hoje em dia, não funcionam como partidos, mas como um aglomerado de pessoas atrás de cargos e outras benesses, devidas ou não, oriundas da vida política. E esse cenário é desalentador e não dá liberdade para o desenvolvimento de novas ideias políticas.
– No contexto atual, deve ser pensado um novo partido político para o Brasil (e para a maioria dos países). Um partido que não esteja disposto a adotar os mesmos procedimentos dos partidos existentes, que tem algo em comum: independente de terem sudo fundados há 50 anos ou há um mês, estão presos aos paradigmas políticos do século XX.
Creio que a sociedade e a política no século XXI, assim como o setor público em geral, devem radicalizar seu pensamento e modificar de forma contínua e intensa os pensamentos em relação aos pressupostos da sociedade no século XX. O Contexto histórico mudou completamente, as relações de poder também, os sonhos das pessoas também. Tudo está diferente, tudo está modificado. A história não acabou, ela continua, mas estamos no momento único em que podemos fazê-la e deixar a marca política de nossa geração.
A Sociedade
Uma das grandes verdades em nossa sociedade é que ela está em constante transformação. Mais do que isso, essa transformação está se acelerando, com consequências cada vez mais nítidas e sensíveis para a sociedade.
Tal momento demanda uma espécie de ação governamental para a qual a maioria dos governos ainda não está preparada:
“os Estados devem fazer é, mais precisamente, facilitar as condições para que o desenvolvimento tecnológico entre na sociedade através das empresas, através das forças que já existem na sociedade. Por exemplo, neste sentido, o mais importante é actuar sobre a universidade, sobre a educação, sobre o potencial científico e técnico e ajudar o desenvolvimento, através das empresas, de infra-estruturas, de telecomunicações, de desenvolvimento de softwares e da Internet. Assim, o que era o papel do Estado como centro de impulsão de política tecnológica, neste momento, tem de ser, sobretudo, uma política de acompanhamento para que a sociedade e as empresas estejam preparadas para esse tipo de desenvolvimento” (Castells, 1999)
A nossa sociedade vive um momento de escolhas. Se, por um lado, as novas tecnologias de informação democratizaram o acesso ao conhecimento e inauguraram a era da hiperconectividade, em que as pessoas, por muitas vezes, não conseguem nem processar a quantidade de informação recebida, podem servir, por outro lado, como elementos de afirmação das atuais relações de dominação, tornando ainda mais agudas as desigualdades da sociedade.
É sobre isso que o texto vai dissertar, tentando levantar problemas e proporcionar soluções dentro da esfera política.
Para fazer política no século XXI, percebendo o atual “espírito” de nossa sociedade, que não é capitalista, mas pós-capitalista, devem haver alguns pressupostos importantes:
Pressupostos
Para a fundação de um partido que atenda às necessidades e os anseios da sociedade atual, que mudou radicalmente e continua mudando, alguns pressupostos são fundamentais:
1) Um profundo conhecimento da sociedade do século XXI, e de seu “espírito”
A sociedade mudou absurdamente nos últimos 20 anos. Novas formas de comunicação, como a Internet, transformaram o ser humano e a sociedade em que vivemos, e isso é inegável. Todos os partidos políticos vêem a Internet hoje como mais uma forma de comunicação, mas ignoram as mudanças que a integração e as novas tecnologias trouxeram “de fato” a nossa sociedade. A alteração não é apenas de ferramentas, mas no próprio “espírito” da sociedade, em sua essência, no que ela tem de mais profundo.
As pessoas nascidas e que se acostumaram a viver sob esse novo paradigma social não compartilham mais os mesmos pensamentos que eram compartilhados há 30 anos atrás. Vivemos em uma espécie de individualidade social, um estado único em que, ao mesmo tempo em que o individualismo é cada vez mais valorizado, massificam-se correntes de pensamento por meios que não são os hegemônicos.
A Internet nos traz, entre outras coisas, três fatos importantíssimos, brilhantes, que podemos aplicar na sociedade e na política. São eles:
a) Uma democratização profunda da informação: na Internet, e especialmente após a criação dos mecanismos de busca, a informação é extremamente democratizada. Você pode encontrar o que quiser, ter todas as referências possíveis, manifestar-se sobre tudo e todos. A informação está profundamente democratizada, e isso desperta o senso crítico das pessoas, para o bem e para o mal.
E a informação está democratizada em todos os sentidos possíveis. A Internet popularizou a busca por informações. E popularizou uma nova figura na sociedade, a do stalker, cuja habilidade é a do rastreio, a da investigação, em todos os aspectos: da vida alheia às informações privilegiadas. Exemplo notório disso é o enorme prejuízo que as notícias veiculadas via Wikileaks trouxeram a alguns governos, políticos e empresas há pouquíssimo tempo atrás.
A democratização da informação é um processo irreversível, e será a grande tônica do século XXI. Se eu posso fazer uma previsão para o futuro, para os próximos 90 anos, ela passa por qualquer coisa, menos por cenários apocalípticos descritos em filmes, com tiranos, heróis e vilões.
Informação é poder, e a democratização da informação deve levar, de forma irreversível, à democratização do poder. Nossa sociedade, apesar de exemplos e tentativas contrárias, deve ser muito mais democrática no século XXI do que foi no século XX. E essa democratização tende, com o tempo, a produzir uma sociedade mais igual e justa. Nos países europeus e nos EUA, inclusive, já existem pessoas, unidas pelas redes sociais, protestando por isso. Nos países árabes, três governos foram derrubados no último ano.
A democratização da informação traz o anseio de uma sociedade mais democrática para as pessoas. Qualquer partido que queira atuar no século XXI deve estar ciente disso e abraçar essa ideia de maneira irreversível.
b) A “Viralização” da vida: a Internet popularizou o marketing viral como uma das grandes ferramentas do século XXI. E as redes sociais produziram e produzem, até hoje, inúmeros virais. A vida é “viralizada” pela Internet e manifestações se espalham como chama em um palheiro, de forma rápida e descontrolada. Por incrível que pareça, é justamente a viralização que exerce uma função de controle na sociedade, com efeito na essência da mesma. Para o bem ou para o mal, coisas ótimas ou péssimas se espalham e são alvo da aprovação ou da reprovação geral da sociedade.
Nesse contexto, a viralização tem uma função de controle social. Ela reflete, em tempo real, qual é o espírito da sociedade, o que ela aprova ou reprova. Se formos fazer uma análise sobre tudo o que é “viralizado” em nossa sociedade, gerando um grande número de manifestações, teremos um mapa perfeito dos limites nossa sociedade atual, com as fronteiras exatas entre os procedimentos que são aprovados (estão dentro do espírito da sociedade) e são reprovados (são comportamentos aberrantes, fora do espírito da sociedade. Nesse sentido, é possível até fazer uma nova Teoria da Justiça, com o aprimoramento de algumas ideias de John Rawls, por exemplo.
c) A “Widgetização” da vida: o século XXI mudou nossa forma de organização da sociedade. Nossa geração, conectada em real-time, passou a organizar a vida em widgets. Widgets são blocos pré-moldados, que podem ser arrastados para modificar organogramas e organizações de acordo com a conveniência do momento. Nossa sociedade é assim, feita por relações de conveniência, um lugar em que cada um arrasta seu bloco pré-moldado de crenças e realizações para servir a uma causa, depois a outra, sem essas causas terem necessariamente algo a ver entre si.
Widgets são instrumentos profundos de democratização. Através das conexões transitórias a disseminação de conhecimento é catalisada, e esse é um dos motivos de widgets serem tão populares em nossa sociedade atual. O conhecimento é retransmitido muito rápido, e a organização da sociedade de Widgets ajuda até nos processos de viralização.
A Internet não é mais um mundo restrito, é uma extensão da sociedade. O que ocorre na Internet freqüentemente assume dimensão tal que não fica mais restrito ao ambiente on-line. Esses fenômenos descritos não são mais fenômenos pontuais ou segmentados: são fenômenos sociais, reflexos da sociedade do século XXI, e passos para que a informação atinja seu ponto máximo de democratização, dentro e fora da Internet. Alguns chamam isso de nuvem. Mas é apenas acesso total à informação tendo widgets como pontos de contato.
2) Uma profunda necessidade de negociação com todos
Quando você democratiza o acesso à informação, concede um direito às pessoas: o direito à informação. E, em algumas interpretações, direitos são trunfos:
“Direitos são melhor entendidos como trunfos (trumps) sobre alguma justificação de fundo de decisões positivas em vez de estabelecer uma finalidade para a comunidade política como um todo” (Dworkin, 1984, trad.)
O fato dos direitos serem um trunfo revela algo importante sobre eles: a sociedade se recusa terminantemente a ceder esses direitos, a não ser em casos muito específicos. O que a maioria dos governos faz hoje, no Brasil, é tentar criar esses casos muito específicos, espalhando insegurança entre a população e vendendo segurança em troca de liberdades.
Apesar dessas iniciativas, a informação permanece livre, para o acesso de (quase) todos. Isso faz com que a sociedade tenha conexões que até antes não existiam. O encurtamento das distâncias e a noção de “small world” torna-se uma realidade cada vez mais certa e intensa.
Nesse novo mundo, a melhor forma de construir bons relacionamentos é ouvindo a todos. Absolutamente todos. Até mesmo aqueles com postura diametralmente oposta a sua. Em um mundo com informação praticamente ilimitada, limitar sua capacidade de negociação e suas conexões às pessoas que você gosta é estar em desvantagem.
Nunca o mundo esteve tão propício ao trabalho cooperativo, mesmo entre pessoas com ideias diferentes. É a noção de individualidade social que promove esse novo cenário. Nesse cenário, não existem rivalidades definitivas, ódio definitivo, amizades definitivas. É assim na vida e deve ser assim na política.
A única coisa realmente certa na vida é o aprendizado. O aprendizado faz todas as pessoas mudarem, invariavelmente. Com mais informação disponível, o aprendizado está mais rápido, e com o aprendizado mais rápido, as mudanças no caráter das pessoas tornam-se cada vez mais rápidas e notórias. A vida faz isso conosco.
A política ainda não está adaptada. Ainda segue posições definitivas, vinganças desnecessárias, e menospreza uma das grandes marcas do século XXI, que é a noção incremental da vida – hoje em dia a vida não é mais feita de vetores opostos que se anulam. A direção não está mais em discussão. Os processos que foram trazidos pela democratização da informação são irreversíveis. A vida, na sociedade atual, é um contínuo conjunto de incrementos e toda a informação pode ser agrupada nessa grande montanha de incrementos (não é de EXCREMENTOS, veja bem) e selecionada.
Pessoas inteligentes são as que são capazes de duas coisas: 1) Selecionar a maior quantidade de informação possível 2) Fazer o melhor uso possível da informação selecionada.
No entanto, essas duas coisas são relacionadas entre si. Informação não é algo apenas quantitativo. É algo qualitativo. Quanto mais informação você tiver, quanto mais contatos você tiver, quanto mais conexões você tiver, melhor será a qualidade da informação que chega até você. E dentro desse “pacote” de informações que você tem, melhor será sua capacidade crítica.
Óbvio que também há a possibilidade de você escolher as piores informações. Isso é algo pessoal e passa por uma discussão filosófica mais profunda, a da natureza humana. E não pretendo discutí-la agora. Mas o fato é que, quanto mais informação e quanto mais contatos você tem, maior é a chance de haver algo bom no meio dessa informação toda. E por isso nunca deve se menosprezar uma negociação apenas porque a pessoa ou a organização estão em um lado oposto ao seu ou representam tudo aquilo em que você não acredita.
3) Inclusão social visando Universalização Digital
Quando se fala de universalização da informação é necessário encarar um problema sério: as informações se propagam por meios físicos (hardwares, linhas telefônicas, cabos de fibra óptica, etc…). Tais meios, por mais que estejam popularizados, ainda não atendem 100% da população.
Existe também um outro pressuposto importante: o acesso à informação é e sempre deverá ser uma opção, não uma obrigação. Se as pessoas não quiserem ter acesso à informação, é algo perfeitamente aceitável.
No entanto,é necessário que o governo, através da inclusão social, satisfaça todas as necessidades mais básicas da população. E aí falamos de direitos fundamentais, como alimentação e moradia. A informação também é um direito fundamental, mas direitos ainda mais fundamentais devem ser satisfeitos antes.
E a inclusão social deve culminar na universalização digital, com todos os cidadãos do Brasil tendo direito à informação. Tendo direito a obter os equipamentos necessários ao acesso à informação. Não apenas com políticas de subsídio, mas, principalmente, com a melhoria sensível da qualidade de vida de toda a população.
4) Uma escolha sincera e definitiva pela educação
A educação deve ser a escolha sincera e definitiva de todo programa de governo, seja de qual partido for. Se existe uma forma de superar a pobreza, as guerras, os conflitos, e trazer a sociedade para uma época de paz, esclarecimento e tolerância, é através da educação.
Só que a educação deve ser adaptada à sociedade do século XXI. Essa sociedade, profundamente democrática, viralizada e organizada por widgets, em que todo e qualquer relacionamento é necessário para conseguir mais informações, com uma qualidade melhor.
E educação não deve ser uma transmissão de informação, simplesmente. Isso a sociedade atual nos faz, de maneira caótica. A principal função da educação, hoje, não é passar informação, e nem mesmo organizá-la, mas é preparar as pessoas, em nossa sociedade, a escolher suas informações da melhor forma possível, com senso crítico e postura engajada.
A hora no Brasil é a da Revolução na Educação. Revolução completa na educação básica, como prioridade fundamental, com formação e credibilidade aos professores, com criação de uma estrutura de qualidade, com atualização constante em uma sociedade de mudança constante.
Além disso, é necessário compreender que a produção de conhecimento, a formação do caráter e a construção do senso crítico das pessoas não estão ligadas apenas à educação formal. Pensar a educação em uma sociedade cada vez mais fragmentada e fluida significa, basicamente, pensar na disseminação de conhecimento. Dito isso, deve ser diretriz fundamental de qualquer partido que tenha como pilar o conhecimento, o incentivo ao acesso e à propagação da informação em suas mais diversas formas.
A educação é a chave que vai transformar o futuro do Brasil e do mundo. Educação tem a ver com disciplina, engajamento, vontade de construir algo. Um país só melhora de verdade quando está no espírito da sociedade o engajamento por construir algo melhor. E isso só a educação pode fazer.
Opções
Estamos em uma nova sociedade, que demanda uma nova forma de fazer política, que saia da vala comum dos partidos atuais.
A política atual está em crise porque uma sociedade do século XXI é governada, em todas as esferas, por pessoas que ainda pensam a sociedade do século XX. E isso gera uma crise de representação, provocada, dentre outras coisas, pela generalização da ação política sem autocrítica e desvinculada dos problemas estruturais da sociedade.
Para mudar isso, de fato, são necessárias pessoas que entendam e pensem a sociedade do século XXI. Existem duas opções aí:
1) Elas se infiltram na estrutura dos partidos montados no século XX, comandados por pessoas que pensam a política como no século XX.
A vantagem aí seria o aproveitamento de uma estrutura já existente, que demandaria menos trabalho de quem quer revolucionar a política. Por outro lado, seria difícil revolucionar DE FATO a política, em uma estrutura repleta de pessoas que não estão dispostas a compreender a nova dimensão da política na sociedade atual. Principalmente porque a tendência é a contaminação de quem pensa diferente por ideais anacrônicos, e não o contrário.
2) Elas se unem e montam uma nova estrutura partidária, pensada para o século XXI.
A desvantagem seria a montagem de uma nova estrutura política em um país marcado pela desmobilização, repleto de pessoas desmobilizadas. A vantagem, no entanto, seria a de que, em uma estrutura nova, não haveriam tantos resquícios do modelo anterior. Existem projetos partidários que tem sido montados sob novas diretrizes, como, por exemplo, o Partido Pirata. No entanto, essa é uma tendência em nosso cenário atual de fragmentação política. As instituições, por mais que também enxerguem o todo, são criadas para satisfazer demandas pontuais, que atendam às necessidades mais imediatas dos cidadãos.
Um partido novo, feito sob as diretrizes mensuradas no texto, pode trazer transformações sensíveis à sociedade. Não apenas por ter novas diretrizes: mas por se pretender generalista, atuando nos mais diversos setores da sociedade.
O mais importante é ter consciência de que o mundo está mudando, e para um mundo novo, que insiste em reproduzir as antigas relações de dominação, é necessária uma organização política nova, com pressupostos novos e ideias transformadoras. Uma organização política que busque a justiça, lute contra a desigualdade social e reconheça o papel libertador da educação e do senso crítico na vida das pessoas, dando-as a liberdade de escolher o seu próprio caminho.
Bibliografia
– CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999
– Dworkin, Ronald (1984). “Rights as trumps”. In: Waldron, Jeremy. Theories of rights. Oxford: University Press.
Texto maravilhoso, exatamente como eu penso, “só a reforma política aliada a reforma da educação” teremos uma nova sociedade. A internet é o instrumento tecnológico que vai ser um instrumento aliado ao anseio do ser humano de um mundo melhor, em todos os sentidos da vida, educação, saúde, respeito ao outro, respeito a natureza, desenvolvimento sustentável, etc;. enfim uma sociedade mais civilizada. Mas acredito em primeiro lugar, em “DEUS” , que esta no comando de tudo, que coloca nos corações dos homens, o momento de mudanças. Porque o homem nos últimos séculos evolui tecnologicamente e regrediu como “ser humano”, daí vem a necessidade dele repensar sua vida ! Estamos vivendo exatamente este momento…. Um grande abraço !
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Muito obrigado pelas palavras. E concordo demais contigo em relação a tudo o que foi falado, do homem ter que repensar sua vida e voltar a evoluir como “ser humano”. É bem isso mesmo.
Um abraço!
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Verdade absoulta: “Pessoas inteligentes são as que são capazes de duas coisas: 1) Selecionar a maior quantidade de informação possível 2) Fazer o melhor uso possível da informação selecionada.”
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Escrevi “absoulta”, ao invés de absoluta. Corrijo aqui rs
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Cara, o seu texto é sensacional, muito bem fundamentado e contextualizado. Concordo com praticamente tudo que você disse, principalmente quando você reforça a necessidade da educação se modernizar e dos governos aumentarem os investimentos nesta área. Quanto à conclusão, acho difícil que as pessoas consigam transformar os partidos já existentes. A Marina tentou mudanças simples no PV (coisas pequenas, você deve ter lido), tinha apoio de boa parte da sociedade e de alguns filiados e não conseguiu. Fundar um partido seria a melhor solução, mas seria praticamente impossível fazer um partido novo aparecer e triunfar sem boas estratégias. Imagino que as redes sociais façam o papel de divulgação, mas é preciso de gente que REALMENTE entenda como elas funcionam, que saiba o papel dos blogs nesta divulgação, que entenda MUITO de legislação eleitoral e que a utilize a favor do partido. Também é necessário que haja um controle absurdo na filiação, e uma manutenção de filiados em harmonia com esta nova corrente de pensamento, para que uma maçã podre não estrague todo o trabalho. É complexo, mas acho um desafio palpável. O problema é que a maioria das pessoas que eu conheço que têm potencial para integrar um grupo como este são prolixos ou teóricos em demasia.
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Concordo que a dificuldade é imensa, a capacidade de compreensão política das pessoas é reduzida e os membros do partido deveriam ser muito bem escolhidos. Como você falou, é um desafio imenso, mas palpável. Pretendo estudar mais esse tema e me aprofundar na questão. Daí só falta o que, no caso, é o mais importante: capacidade de influenciar a sociedade. A nossa ainda é muito limitada, infelizmente.
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