Nessa semana, saiu o Teolabcast #29 – Emergências Climáticas
Nesse episódio, eu e o Cedric Graebin conversamos com a Samantha Martins, do Meteorópole, porque a coisa se agravou demais nos últimos anos. E, para piorar, o contexto político ainda nos reservou a eleição de negacionistas das mudanças climáticas. São duas horas de programa, mas tem muita coisa legal:
- Uma discussão preliminar sobre criminalização do coach
- Um resumo de como as coisas tem se dado nos últimos anos
- Uma discussão sobre a nostalgia de sujeito de meia idade com uma época supostamente idílica, nos EUA, mas também no Brasil.
- Quais são os principais tipos de argumentos negacionistas e quais são os tipos de negacionismo climático.
- Como o contexto do negacionismo no Brasil tem diferenças para o contexto norte-americano, e como isso mudou com o governo Bolsonaro.
- O papel das igrejas evangélicas em todo esse contexto.
A única coisa que eu queria acrescentar é que em determinado momento do episódio (na parte do contexto do negacionismo no Brasil) eu disse que o pessoal que busca novas fronteiras agrícolas desmata a floresta amazônica e em geral tenta usar como pasto por um tempo para depois tentar plantar soja porque o solo é pobre.
O que esqueci de complementar no episódio (passei por cima, eu simplesmente esqueci) é que, apesar de tentar fazer isso, em geral esse pessoal NÃO CONSEGUE enriquecer o solo, muito por conta da destruição da biomassa que contribuía para a manutenção do solo. A massa de material orgânico que fica logo acima do solo (serrapilheira) e tal.
Por isso, quando você vê o mapa com a alteração de biomas nos últimos 30 anos você vê que nos arredores de onde é a floresta só existe pasto de baixa produtividade. Porque a destruição da floresta é um processo que inutiliza o solo e não vira plantação de soja nem vários anos depois (embora eles realmente tentem fazer isso, e muitas vezes trabalhem o solo por muitos anos). Então, a realidade é que na maioria das vezes os grileiros de terra na Amazônia desmatam a terra PRA NADA.
Como eu não consegui completar o raciocínio no episódio, achei por bem fazer aqui.
E ouçam. Está uma conversa muito bacana.