Podemos considerar que em, escala global, um ser humano adulto tem em média 1,70 metros de altura e 80 Kg de massa. Esses números são obviamente imprecisos, mas serão usados como parâmetro.
O universo conhecido tem cerca de 45 bilhões de anos luz, de acordo com a Teoria de expansão do Universo de Hubble.
Isso quer dizer que, se fosse possível medir o Universo em “homens enfileirados”, teríamos que enfileirar 250.431.100.744.785.882.352.941.176 (duzentos e cinquenta septilhões, quatrocentos e trinta e um sextilhões, cem quintilhões, setecentos e quarenta e quatro quatrilhões, setecentos e oitenta e cinco trilhões, oitocentos e oitenta e dois bilhões, trezentos e cinquenta e dois milhões, novecentos e quarenta e um mil, cento e setenta e seis) homens para contemplar todo o comprimento do Universo observável.
O Universo conhecido tem, de acordo com as medidas que vem sendo realizadas pela sonda WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), da NASA, e pelo SDSS (Sloan Digital Sky Survey), uma absurda massa aproximada de 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (10 elevado a 54) Kgs. Isso quer dizer que, se existisse uma balança e em um lado dela estivesse o Universo, no outro estariam hipotéticos 12.500.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de homens (1,25 x 10 elevado a 52) para equilibrar o peso.
Só que dessa massa toda, apenas 4% é feito de matérias bariônica (comum). 24% é feito de “matéria escura”, que não interage com a matéria comum, e 72% é feito de “energia escura”, um negócio ainda mais misterioso que acelerou a expansão do Universo nos últimos 6 bilhões de anos.
Estima-se que o Universo tenha 13,8 bilhões de anos. A expectativa média de um ser humano é de 69,64 anos (2010). É como se o Universo fosse uma sequência contínua e aproximada de 198.161.975 (cento e noventa e oito milhões, cento e sessenta e um mil, novecentos e setenta e cinco) vidas humanas.
Estima-se que existam aproximadamente 170 bilhões de galáxias no Universo, e, dentro dessas galáxias, estima-se que existam um total de cerca de 9 sextilhões de estrelas. E podemos imaginar que boa parte dessas estrelas têm sistema planetários em torno delas.
Tudo isso já seria suficiente para nos considerarmos insignificantes. Mas o Universo observável pode ser apenas uma pequena parcela do Universo. e o nosso Universo pode ser apenas um entre muitos Universos, em uma dimensão impossível de imaginar.
Supondo que não exista vida em nenhum outro planeta do Universo e a humanidade tenha a missão de colonizar todo esse espaço, e supondo também que realmente não exista nenhuma possibilidade de viajarmos mais rápido que a luz, levaríamos, em um ritmo de viagem de 10% de c (velocidade da luz = 299.792.458 m/s), que parece bem apropriado se pensarmos que precisamos parar e colonizar os planetas antes de seguir viagem, cerca de 450 bilhões de anos para colonizar nosso Universo. O que daria cerca de 6.461.803.561 (seis bilhões, quatrocentos e sessenta e um milhões, oitocentos e três mil, quinhentos e sessenta e um) vidas humanas contínuas e aproximadas.
E, nesse processo, veríamos estrelas se extinguindo. Como o próprio sol, que deve durar “apenas” mais cinco bilhões de anos. Conheceríamos progressivamente o Universo, mas não de forma completa, porque ele continuaria se expandindo em ritmo superior ao da nossa viagem. Em 450 bilhões de anos, na curva atual de expansão, nosso Universo já teria mais de 5 trilhões de anos-luz de extensão.
Mas a própria curva de expansão pode mudar. O Universo pode parar de se expandir e começar a se contrair. O Universo pode colidir com outro Universo, em um cataclisma inimaginável. O Universo pode ser tragado por alguma força oculta, que ainda não conhecemos. Afinal, somos como uma ponta de iceberg sob águas turvas. Enxergamos muito pouco, temos apenas indícios sobre a maior parte das coisas. Olhar as dimensões do Universo e reconhecer essas limitações são um exercício de humildade diário.
Se tentássemos colonizar algum lugar seríamos tratados como um mexicano cruzando a fronteira com o Texas pela Liga do Universo Intergaláctico. Nosso visto não vai tão longe quanto o Hubble nos disse. Você viajou quando pensou nisso………haehahehaeha
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