Jogos Olímpicos, aquela época em que todo mundo se reúne em frente à TV para torcer pelo Brasil. Em que o Brasil vira país do vôlei, da ginástica, do tênis de mesa, do atletismo, e todo mundo passa a ser especialista em provas sobre as quais nunca falou nos últimos quatro anos.
Nessas duas semanas mágicas, acontece muita coisa nos campos, quadras, pistas, piscinas, tatames. Nesse meio tempo, são inventadas algumas verdades que se tornam absolutas a ponto de quase ninguém contestá-las. Está na hora de derrubá-las.
1) Brasileiro ama esporte
Essa é uma das falácias mais fáceis de derrubar. Quantas pessoas assistiram a disputa de Badminton, de Pólo Aquático ou de Hóquei sobre a Grama, mesmo sem nenhum brasileiro envolvido? Aposto que foi uma minoria.
Brasileiros não gostam de esporte. Na maioria das vezes porque não conhecem. Nunca tiveram uma educação esportiva. Só aprenderam a jogar futebol nas aulas de educação física, e, se a escola for muito boa, talvez tenham tido noções de basquete, handebol e voleibol. Boa parte dos brasileiros não faz ideia do que é esgrima, tiro ao arco, levantamento de peso ou outros esportes. E nem se esforça para saber. A menos que…
… haja um brasileiro na disputa. Sim, as pessoas só acompanham disputas que envolvem brasileiros com alguma chance de vitória. Prova disso é o pessoal dos saltos ornamentais ou do nado sincronizado, totalmente ignorado pela mídia e pelos “admiradores do esporte” em geral.
A verdade é que brasileiro não gosta de esporte. Gosta de vencer. E é um dos povos mais corneteiros do mundo quando o atleta, que na maioria das vezes tinha uma chance mínima de vitória, não vence. Não importa se o cara tava enfrentando o maior atleta olímpico da história, como foi o caso do Tiago Pereira. Perdeu, amarelou.
2) Os atletas brasileiros amarelam
Decorrência direta dessa agonia do brasileiro pela vitória é o tratamento dado aos atletas que não conseguem seus objetivos. Além da frustração por não ter alcançado a medalha, o atleta ainda tem que conviver com as críticas ferozes dos brasileiros em geral. Como ocorreu com a Rafaela Silva após a eliminação no judô.
A maioria dos que criticaram nem conhece a Rafaela Silva. Assim como não conhecia o Leandro Guilheiro, o Bruno Fratus, até a Fabiana Murer. O fato é que os atletas brasileiros não tem margem para o fracasso. E isso só ocorre por um único motivo: o Brasil não é uma potência olímpica, e conta com poucas esperanças reais de medalha nos jogos.
Por contar com poucas esperanças reais de medalha, é depositada uma expectativa excessiva nos poucos atletas brasileiros de alto nível. E disputa de Olimpíada tem milhares de variáveis. O atleta pode sentir a pressão, pode não conseguir um bom resultado no dia porque não acordou bem, pode sucumbir aos adversários, que também são de altíssimo nível e também se esforçaram absurdamente em sua preparação. São coisas que acontecem.
Só que, em um país que tem tradição olímpica, esses fracassos são compensados por sucessos inesperados. No Brasil mesmo isso acontece, em menor escala.
No judô, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro decepcionaram. Só que Felipe Kitadai e Rafael “Baby” conquistaram medalhas que não eram esperadas. E Sarah Menezes conseguiu um ouro que não parecia tão provável. O Brasil conseguiu quatro medalhas, um recorde histórico.
Na natação, o Brasil conquistou duas medalhas em 2008, com César Cielo. Em 2012, Cielo não estava tão bem e conquistou apenas uma medalha de bronze, nos 50 metros livre. Mas Tiago Pereira conquistou uma medalha de prata inesperada nos 200 metros medley. Terminamos com as mesmas duas medalhas de 2008.
Se um dia o Brasil for realmente uma potência olímpica, os fracassos serão relativizados. Mais do que isso, serão ofuscados por outras vitórias. A sensação de que “o brasileiro amarela” só vai deixar de existir quando tivermos atletas de alto nível em número suficiente para compensar os atletas que fracassam. E, acredite, TODA equipe tem atletas que fracassam. Normalmente não por culpa dele, mas porque existem outros melhores (ok, existem alguns casos injustificáveis mesmo, como o da Fabiana Murer. Mas são minoria).
3) O investimento esportivo no Brasil é zero
Por outro lado, o discurso de que “brasileiro amarela” é contrabalanceado pelo discurso de que “o investimento esportivo no Brasil é zero, e os atletas que estão aí são heróis de chegarem lá sozinhos”. Isso é mentira há pelo menos dez anos.
Em 2001, foi aprovada a Lei Agnelo Piva. Em 2007, foi aprovada a Lei de Incentivo ao Esporte. Isso fez com que, entre 2001 e 2010, fossem arrecadados R$ 765 milhões para investimento no esporte nacional. E, além disso, o orçamento anual aumentou em 820% entre 2001 e 2010. Os dados são do próprio COB.
A verdade é que, mesmo com esse investimento todo, o Brasil não teve tanta melhora. Se excluirmos Londres, ainda em andamento, e juntarmos os desempenho em dois blocos de duas Olimpíadas, teremos:
1996 e 2000 – Atlanta e Sydney: Brasil conquistou 26 medalhas, sendo 3 de ouro.
2004 e 2008 – Atenas e Pequim: Brasil conquistou 25 medalhas, sendo 8 de ouro.
A melhora no desempenho foi apenas no número de medalhas de ouro. No total de medalhas, que dimensiona melhor a eficácia do investimento, o Brasil foi até pior. E isso é explicado por dois motivos.
O primeiro deles é o de que o investimento no esporte de alto nível é invariavelmente de longo prazo. Só vai render frutos palpáveis em 15, 20 anos. E brasileiro, em geral, tem uma dificuldade imensa de fazer qualquer investimento de longo prazo. De fazer um planejamento, traçar metas e ir atrás delas, de investir na base e revelar talentos. Talvez vejamos os primeiros frutos desse investimento na Olimpíada do Rio de Janeiro, com o catalisador positivo de que os jogos serão em casa.
O segundo deles, mais grave, é algo que compromete muito a eficiência do investimento: a organização do esporte brasileiro em Confederações que são verdadeiros feudos, comandadas muitas vezes há mais de 20 anos pelos mesmos dirigentes. Exemplo maior dessa dinâmica é o próprio Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, que está lá desde 1995. Essa dinâmica de isolamento das confederações confere pouquíssima transparência aos gastos públicos com o esporte. Mais do que isso, não desenvolve verdadeiramente o esporte no país.
Todas as potências olímpicas, sem nenhuma exceção, só são potências olímpicas porque estruturaram o investimento em esporte à educação. A prática esportiva não é dominada por federações isoladas e clubes que só investem em atletas consagrados, mas é feita desde a infância, na escola, e continua sendo incentivada na Universidade, com bolsas para atletas de alto nível. É a única forma realmente eficiente de fazer um bom trabalho de base, não desperdiçar talentos e revelar novos atletas. Não existe nenhum indício de que isso vá ocorrer no Brasil um dia.
Conclusão
Por incrível que pareça, quatro anos não são quase nada quando falamos de gestão esportiva. Não dá pra formar atletas de alto nível nesse período, e, se o Brasil não fizer coisas antiéticas e condenáveis, como naturalizar atletas de alto nível, vai passar vergonha em alguns esportes. Isso é um fato, e considero melhor passar vergonha do que simular um bom desempenho de maneira artificial.
Só que, depois dos Jogos de 2016, precisamos repensar todo o nosso planejamento esportivo, derrubando definitivamente os mitos acima. Para isso, é necessário fomentar prática esportiva das mais diversas modalidades no Brasil desde a escola, aumentando a nossa “massa crítica” de atletas de alto nível. Enquanto isso não acontece, convém não acreditar nessa balela que a maioria das pessoas ainda espalha acerca da gestão esportiva brasileira e do desempenho de nossos atletas.
Parei de ler no “A melhora no desempenho foi APENAS no número de medalhas de ouro. “
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Então tá, hahaha.
O número de medalhas é mais relevante que o número de ouros porque quantifica os atletas em alto nível. Em Sydney, por exemplo, uma porção de brasileiros favoritos ao ouro refugaram (um deles até literalmente, o Baloubet du Rouet), a linha que separa um ouro e uma prata é muito tênue. Importante é estar na elite da disputa.
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Típico comentário de ignorante orgulhoso. Aquele que sabe que é ignorante e GOSTA, no velho estilo “Nói é nói, véi”. Começou a ler o texto, quando viu algo que não o agradou, AMARELOU da discussão (tem mais que 140 caracteres) e veio para os comentários CORNETEAR.
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Brasileiro amarela sim, FIM. Está acostuimado a paparicos e mimos por ganhar competições ridículas como PAN, desafio-disso-daquilo e se acha o rei da cocada preta, e daí quando vai enfrentar os norteamericanos, europeus e asiáticos toma uma surra de relho.
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Em situações específicas. Hoje, por exemplo, dá pra flar que a Fabiana Murer amarelou. Mas em geral essas “amareladas” são supervalorizadas justamente por termos poucas chances de “compensar” essas amareladas com boas surpresas. É essa a questão.
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Concordo plenamente com sua afirmação. Os atletas brasileiros amarelam em todas as competições esportivas. Falta preparo psicológico. Talvez um solução seja trocar o uniforme amarelo.
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Amarelam em parte por causa da cobrança ostensiva da mídia e de alguns brasileiros que julgam que atleta olímpico é igual a jogador de futebol milionários, de quem se cobra com alguma razão resultados excelentes sempre. Ninguém nos outros países considera vitória olímpica uma questão de vida ou morte, não se coloca a pessoa em um pedestal divino pra depois colocá-lo no inferno, se perder. Talvez a cobrança olímpica que existe aqui, em boa parte por razões políticas, só tenha rival em alguns países socialistas para os quais ganhar medalhas é questão de honra nacional. Concordo em boa parte com a desmistificação dos mitos olímpicos e reitero que há investimentos públicos sim (CEF, ECT, Petrobrás, etc.). O rendimento olímpico brasileiro, se comparado à nossa renda per capita (lá pra 50º lugar mundial), é muito, muito bom. Estamos na frente de México, Argentina, Chile, Colômbia, Bélgica, Suíça, Noruega, Finlândia, Espanha, Índia … isso não se divulga, claro!
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Você já competiu no Pan? Já competiu em alguma coisa? Já, e está se achando o rei da cocada preta dos cornetas? Eu explico: Pan = entre 30-40 países. Olimpíadas = 200 países. Dá pra perceber a diferença?
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Bem elucidativo.
Obrigado.
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1) Verdade, brasileiro gosta de ganhar não de esporte. Eu mesmo sou 100% Futebol. Acompanho outros esportes – tirando F1 se considerar esporte – só na olimpíada.
2) Alguns atletas amarela sim.
3) Pura mentira o tal “investimento zero”.
Este texto era para ser levado para presidente Dilma, para o ministério do esporte e para o Nuzman. Que diga-se armou sua panelinha do “vôlei” no COB e não larga o osso.
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PS: Osso ou filé… Quando digo “Sou 100% futebol” quero dizer que acompanho outros esportes só na olimpíada, mas não sou “pacheco”. Não gosto do complexo de viralatice
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Concordo, para quer ver Badminton? só tem chinês competindo lá.
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Para que ver Badminton? Para aprender com os chineses, meu caro Nan. Temos MUITO a aprender com eles, sabia? Não só com eles, mas com muitos outros.
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Sobre o termo ” amarelão” concordo com você. Essa resposta para justificar uma perda é muito simplória, não se dá o trabalho de fazer uma análise. O único amarelão que eu concordei foi o do Diego Hypolito, pois o próprio assumiu. Mas, querer entrar no twitter em busca de especialista é tolice. Quando vejo que o cara não entende, no twitter, não leio ou dou unfollow. Busco quem entende e vida que segue…
Sou contra jornalista que manda indireta para quem se esforçar em dar informação. Enquanto um fica cornetando seu colega jornalista (covardemente não cita o nome), o outro tenta passar informação aos leitores. Julga o trabalho do outro como se fosse o melhor na profissão ou que mais entende para dizer que o outro não sabe nada. Abraço!
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Cielo estava pressionadíssimo pra ganhar o ouro nos 50 metros porque foi o campeão da Olimpíada passada e acabou não levando. Resultado: A mídia caiu em cima criticando o resultado do cara. Levou o bronze, valeu a pena, fiquei feliz por ele, pena que a mídia (e muito brasileiro!) só procurou falar mal do que parabeniza-lo pelo feito.
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Respeito sua opinião e concordo com alguns pontos do seu texto, acho que alguns atletas amarelam sim… principalmente os que são campeões mundiais em suas categorias e na Olimpíadas tem desempenho pifio… Quando digo pifio, quero dizer não disputar uma final, já que a diferença entre os atletas neste nivel é muito pequena
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Brasil amarela e pra caralho.
Algum lunático acha que países como Etiópia, Jamaica, Quênia, Cazaquistão, Polônia e Ucrânia tem investimento alto no esporte? O Brasil tem investimento MUITO maior que esses países, que são menos populosos, e ainda sim MUITO menos medalhas.
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Excelente texto, Leonardo. Faço um longo comentário direcionado aos CORNETEIROS-AMARELEIROS:
“Amarela”, “amarelar”, “amarelou”: jargão típico de torcedor fanático. Como não pode deixar de ser, no Brasil, torcedor fanático = torcedor de futebol.
Futebol: um dos esportes coletivos MAIS sujos, com MENOS regras, com o MAIOR número de erros de arbitragem e dos MAIS resistentes às inovações tecnológicas (= retrógrado, conservador, tradicionalista, ortodoxo, ultrapassado). Além disso, escrevam aí: estão apenas começando a desvendar a sujeira, a podridão, a corrupção e toda lavagem de dinheiro associada ao futebol. No Brasil E no mundo. Quem paga seu ingressinho pra ver seu querido time, compra camiseta oficial etc., está ajudando essa corja asquerosa.
Não é à toa que um jogo destes atraia tanto CORNETEIRO. Esse “torcedor” que é um ser movido à comportamento de manada, não pensa, só reage. É um autômato. “A unanimidade é burra”: Um torcedor do time A defende outro torcedor do time A dos piores crimes, desde que ambos estejam com a camisa do time A. Que bela ética, não? Nem vamos começar a falar da ética do torcedor fanático típico, que não é o tema aqui. Aliás, infelizmente, com fanáticos não há como discutir pela razão.
Futebol = jogo. Futebol NÃO é atletismo.
JOGO = você tem um objetivo que pode ser atingido buscando o objetivo do jogo E/OU prejudicando o adversário. É uma luta dissimulada.
ATLETISMO: você luta contra a sua marca, contra os elementos, contra as leis da física, contra ou sendo auxiliado pelos elementos (água, vento etc.)
LUTA: vencer diretamente o adversário. A agressão é explícita, mas controlada por regras. Em geral há vários juízes, muitas regras e muito respeito.
No olimpismo, tradicionalmente amparado pelos valores do ATLETISMO, não há espaço para jogo sujo, cera, enrolação, catimba, promessa pra santo etc.
BEM, após a introdução:
Estou acompanhando as Olimpíadas pelo Terra. Quanto absurdo se lê e se ouve…
Esses CORNETEIROS estavam apedrejando verbalmente a Poliana Okimoto enquanto ela ainda estava sendo atendida pelos médicos. Já estavam dizendo: “amarelou”. Todo mundo tem direito a um dia ruim, a passar mal e até a “amarelar”. Tem muito MOLEQUE CORNETEIRO aqui que se borra de medo até de falar pra mais de cinco pessoas, mas não, aqui são todos valentes! E mais, existem dezenas de pessoas MAIS qualificadas a julgar (ATÉ legalmente, se for o caso) o comportamento ou performance dos atletas ANTES de vocês, CORNETEIROS! Xingando a judoca Maria Suelen por ela ser gorda! Fim da picada, era a categoria de maior peso! Queriam que ela fosse uma modelo de passarela com ossos de chumbo!? Outro MOLEQUE estava desejando que o velejador inglês morresse para o Scheidt/Prata ficarem melhores na competição. Quer dizer: vale tudo. Pra ganhar uma merda de um pedaço de metal, vale qualquer coisa. Para o corneteiro. Para o atleta, CORNETEIRO MOLEQUE, isto não funciona assim.
Pagar impostos (“Eu pago impostos, eu tenho direito a exigir medalha!” escreveu um), dizer que ama o Brasil não habilita ninguém a ser estúpido, desumano ou mal educado. Voltem a assistir o “brasileirão”, corneteiros! É lá que você pode chutar o tornozelo do adversário quando o juiz não estiver olhando. Vão pro estádio jogar saco de urina na torcida adversária, e levar também alguns na cabeça. Voltem pras suas tocas, ufanistas BABACAS, nacionalistas de conveniência, xenófobos míopes e bairristas tapados, ignorantes assumidos! Vão dizer o que? “O sistema é bruto, véi”, “Nói é nói!”. É? E o que vocês vão fazer a respeito desta indignação? Vão cometer um atentado e matar o Nuzman? Vão esperar a Poliana no aeroporto pra escarrar na cara dela? Não. Vocês vão COR-NE-TE-AR. Como sempre. No dia seguinte vão acordar na hora de sempre, ir pro trabalho ou pra escola e seguir sua vidinha de sempre. Daqui a 4 anos virão CORNETEAR de novo.
Estão dizendo que o Brasil está atrás de alguns países africanos (“Coitados, né?” Eles não merecem?) e outros de nomes estranhos. Que tal usar a internet pra estudar um pouco, entre uma cornetada e outra? Então o Brasil é predestinado à glória olímpica? Temos o direito e o dever de ganhar medalhas? Ficaram indignados que outros países ganham no vôlei de praia? Só existe praia no Brasil, CORNETEIROS INFELIZES? O adversário não existe, ele não é digno? Ele veio do fim do mundo, de um lugar que eu nunca ouvi falar, então ele não presta? O infeliz, enjeitado, frustrado e medíocre CORNETEIRO não percebe que nem todo mundo pode ganhar, NEM que tenha todo apoio do mundo, pois isso simplesmente é IMPOSSÍVEL!
Cazaquistão. É um país (um pouco) mais rico, (bem) mais educado, menos desigual e com muito mais tradição esportiva em diversas modalidades do que o Brasil. Se beneficiou da cultura soviética pelos esportes. Ucrânia: idem. Compare a taxa de alfabetização, o IDH, o coeficiente Gini destes países. Não é porque estes países tem um nome estranho que eles devem ser menosprezados. Além disto, estes países tem TRADIÇÃO e CULTURA esportiva. Coisas que o Brasil NÃO tem e não vai criar em 4, 8 ou 20 anos. Isto não se impõe. Polônia: dispensa comentários, de tão óbvio. Países africanos: Tem tradição e biotipo adequado a certas modalidades atléticas. Correr longas distâncias é APTIDÃO da espécie humana. Conseguiram criar uma elite em seus países praticando um esporte atlético de baixo custo. Jamaica: está melhor que o Brasil em índices de desenvolvimento e resolveu investir em UMA elite. E deu certo.
Querem saber no que o Brasil é OURO?
O Brasil é OURO em tempo na internet. Sim, é o país cujos habitantes MAIS passam tempo conectados por dia na internet! Mas, pelo jeito, pendurados no Twitter, “Face”, Orkut. CORNETEANDO.
Vocês estão indignados? Estão nervosinhos, querendo dar piti, né? Façam ALGO com esta indignação. Vão investigar desvios de verba, procurem o MP de sua cidade, não fiquem apenas corneteando.
Não, eu não estou indignado. Acho que o desempenho nas Olimpíadas do Brasil é mais do que esperado:
1) Não temos CULTURA ESPORTIVA diversificada;
2) Somos um país pobre (Apesar da quinta economia do mundo somos OURO em desigualdade social);
3) O país é porcamente administrado, inclusive nos esportes, claro;
4) Fazemos parte de um país de corruptos;
5) Somos OURO em CORNETAS. Cornetagem = bravata, valentia de botequim, crítica vazia que não produz NADA.
Historicamente, o Brasil só esteve adiante por alguns expoentes:
1) Elite praticando esportes caros (vela, tiro, hipismo) e/ou iniciativas pessoais/familiares;
2) Iniciativas de alguns clubes e associações (judô, boxe etc.);
3) Jogos coletivos que ganharam espaço devido à profissionalização.
NENHUM CORNETEIRO VAI FAZER NADA PARA MELHORAR O QUADRO ACIMA.
Estou indignado com a estupidez média e o baixo nível médio do internauta brasileiro. A internet se tornou terreno fértil pra esse tipo de CORNETEIRO IMBECIL, que colhe um caco de informação aqui, outro ali, e se arvora a julgar quem está competindo a 10 mil km de distância daqui, recebendo informação FILTRADA por nossas mídias. Parem de soprar a CORNETA um minuto, respirem fundo, sejam mais educadinhos e menos mimadinhos e, finalmente, comecem a PENSAR antes de escrever. Muita gente está sendo denunciada por preconceito e agressão pela internet. Isso é uma realidade, felizmente. Internet é um espaço público.
Corneteiros: vão estudar a origem das Olimpíadas. Pensem um pouco no ideal olímpico. Rasguem suas bandeiras, camisas de time de futebol de centenas de reais! Nações são divisões artificiais que só se prestam para criar ódio entre os povos, favorecer exércitos, enriquecer políticos e governantes. Os jogos olímpicos são uma oportunidade para festejar o ser humano e sua diversidade. Quem vença o melhor, o mais limpo, o mais digno, não importa a nação! Mais rápido, mais alto, mais forte!
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como tem coragem de dizer que o Brasil investe zero no esporte? eo patrocinio em algumas modalidades esportivas feitas por Caixa Economica Federal. Bco do Brasil, Correios entre outros? pode-se dizer que o investimento é feita de forma errada, mas dizer que é zero foi demais!
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Como identificar um analfabeto funcional…
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Estou identificando: Você. Criticando uma pessoa sem nem saber se o mesmo está falando do texto, ele pode estar concordando com o que foi falado acima…
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LEIA o texto ANTES de criticar. NÃO leia APENAS os títulos e destaques. O autor NÃO disse que o Brasil investe zero no esporte. Isso é uma das “balelas” que os corneteiros propalam por aí, que é justamente criticada no texto.
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Achei muito bom seu texto. Só gostaria de complementar um pensamento.
Pela primeira vez a TV disponibilizou vários canais e pudermos escolher o esporte e o canal preferido (Não tenho ideia do Ibope). E porque? A Record não tinha competência e portanto havia uma fatia de mercado para outras emissoras? O esporte está em evidência por causa da Rio2016? O Brasil está investindo mais em esporte? Tínhamos alguns ”poucos” atletas favoritos? Acredito que seja a soma de todas elas e consequentemente o esporte está caindo no gosto popular.
As emissoras tiveram que rebolar para comentar e transmitir esportes que não tinham a menor noção de regras e com isso ganharam também os ex-atletas que agora são ‘comentaristas esportivos’.
Portanto agora temos ”conhecimento” para julgar e criticar atletas como Diego Hypolito, Camilo, Guilheiro, Cielo e Fabiana Murer. Acredito q isso faça parte do comportamento brasileiro, afinal em época de Copa somos 200 milhões de técnicos de futebol.
Colocar o esporte nas escolas é fundamental, mas há esportes que eu duvido que caiam no gosto popular do brasileiro e o badminton é um deles. Não me peça p assistir.
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Concordo em tudo.Além disso tem a parcialidade da midia que exagera nas qualidades dos atletas brasileiros e nos defeitos dos adversários; os atletas brasileiros quando são derrotados dificilmente admitem que o adversário foi melhor; sempre dão a desculpa do vento, da bola e outras…Talvez a maior mentira de todas é dizer que o volley brasileiro é o melhor do mundo…Se fosse verdade haveria centenas de empresas privadas querendo investir; por que o Banco do Brasil tem que fazer isso, disperdiçando dinheiro público? Ficando a impressão que nenhum orgão: TCU, MP e outros se empenham em fiscalizar o destino dos milhares de reais gastos pelo Banco do Brasil, Caixa Economica, Furnas, Correios, enfim, desperdício de dinheiro público…
TCU, MP, entidades da sociedade civil vamos cobrar o destino do nosso dinheiro público desperdiçado no pseudo esporte brasileiro.Aliás, é errado fazer como o Brasil faz: investe em atletas; o correto seria investir em esportes.Outro em uma competiçao de volley, uma atleta(não me lembro quem) ostentava dois patrocínios de empresas públicas(também não lembro quais; fiquei estarrecido indignado.Será que essa atleta é “apadrinhada”? Felipe Nasr, Alison e outros do volley de praia também são “apadrinhados”?Pergunto isso porque todos eles parecem que são sustentados por patrocínios de empresas públicas como Banco do Brasil, Furnas e outras…
A mídia também é FEMINISTA: quando se trata de esportes masculinos, eles falam os homens, os marmanjos, parecendo sempre um tom depreciativo.Mas quando se trata de esportes femininos; eles sempre dizem: as meninas, etc, ou, seja, trata as mulheres com respeito e os homens com desprezo, desrespeito…
Antonio
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O esporte e a educação pública tem que caminharem juntos se almejamos algum dia ter um bom desempenho em olimpíadas, temos que começar na pré-escola, mas para isso precisa haver uma revolução na educação pública com a valorização dos mestres e investimentos em recursos materiais. Tudo depende de vontade política e principalmente de mobilização popular. Isso depende também da classe política que irá conduzir os destinos da Nação.
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Depende do caso, nos Bronzes do Judô foram vitórias, pois os atletas têm pouco apoio e alguns trabalham em outros empregos para conseguir se manter. Agora no caso do Cielo foi um verdadeiro papelão! Como pode o recordista mundial, que tem o melhor tempo atual, não se esforçar para ganhar nem uma prata? Pior ainda foi o caso da Fabiana Murer, parece que ela realmente amarelou! Onde esteve o espírito olímpico dela? Não foi isso que o Barão Pierre de Coubertin quis quando pensou em recriar os jogos a maneira dos heróis gregos! Um grande exemplo desse espírito foi o Wanderley Cordeiro que mesmo depois de ser seguro pelo padre irlandês louco em Atenas, continuou na prova e ganhou uma medalha de honra ao mérito, referente aos ideais do Barão…
No caso do Baloubet du Rouet que refugou em Atenas devemos lembrar que o mesmo cavalo foi Ouro em Pequim! Se a Fabiana quisesse tanto essa medalha, não teria esquecido à traumática perda da vara em 2008 e não teria culpado o vento em 2012! Ela disse que poderia sofrer uma lesão, mas não podemos esquecer do esforço Hercúleo que a Maurren fez em Atenas! Ela sofreu a lesão, mas pelo menos tentou ir até o máximo que o corpo aguentou, e nos jogos de Pequim ela foi recompensada com o ouro.
Ou seja, a culpa não é de quem assiste, mas sim da falta de vontade de alguns atletas que conquistam milhares de títulos em outros tempos e na hora de representar o seu país, não dão tudo de si!
E sobre o Brasil não ser potência do esporte, temos que fazer como foi feito na Ginástica Olímpica, no Basket (Masculino) e no Handebol (feminino), onde o Brasil mostra que tem ótimos atletas, mas não tem pessoas que saibam como explorar esse lado, por falta de competência e treinamento dos treinadores, e teve (de forma corretíssima, diga-se de passagem), que buscar treinadores de outros países!
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É, Marcelo. Você sabe, né? Você estava ali, do lado da piscina. Competiu com ele? Em que raia você estava? Ele não se esforçou. Ele estava lá passeando, fazendo turismo? Ele é um babaca, um mimadinho? É isso que você acha? Que ele acordou e disse: hoje eu quero bronze, não ouro. Aliás, ele estava sozinho na piscina, me disseram. Todo os outros sete morreram e só ele, sozinho, chegou em terceiro. É, porque quem teve a prata ou o ouro não prestam, são míopes e idiotas, estavam boiando na piscina. Afe…
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brasileiro é um povo de merda, principalmente na hora de apontar o dedo para os outros, ninguem quer pagar imposto mas reclama que nao tem investimento para o esporte.
Conheço alguns atletas muito bem pagos e quando perguntam o q eles fazem da vida e eles respondem que são atletas as pessoas perguntam: “mas e de trabalho, o q vc faz?”, ai quando um desses ganha ou perde uma competicao, os brasileiro querem cobrar que sejam melhores.
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O que eu acho é que o investimento é feito de maneira errada. Investimento em esporte coletivo é mais alto e só te gera uma medalha para o quadro de medalhas. Enquanto investimento em esportes individuais são menores e te geram mais medalhas. Simples assim. Outra coisa, que acho necessário é criar novas ligas nacionais e fortalecer as já existentes para todos os esportes olímpicos. E neste segundo ponto tocado, pode ser feito com a utilização das marcas dos clubes de futebol, e uma espécie de draft para sorteio de atletas entre os clubes, sem contar incentivo financeiro para os clubes de futebol que abraçarem os esportes olímpicos.
Resumindo, falta bastante.
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Completando, o nosso desempenho nos esportes coletivos é basicamente pautado, na força das nossas ligas nacionais, vide Superliga de Volêi (masculina e feminina) e NBB.
Por outro lado o basquete feminino com uma liga nacional fraca?
Nosso futebol feminino sem uma liga nacional?
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Tu estás de parabéns pelo texto cara. É bem isso mesmo. Sou formado em administração e trabalho com assessoria junto à empresas através de um programa nacional que estimula a inovação no país.
Não existe planejamento no país. NÃO EXISTE!
Poucas empresas fazem isso, só as grandes, que têm capital estrangeiro envolvido.
E isso acontece também no esporte. Não planejamos, automaticamente não colhemos bons frutos.
As empresas que atendo faturam mas nem sabem o porquê. Não sabem porque vendem ou deixam de vender.
O mesmo acontece nos jogos, ganhamos medalhas ao acaso por termos alguns “super atletas”. Cielo, por exemplo, morou muitos anos nos States e treinou lá para se aperfeiçoar, coisa que não conseguiria aqui.
Parabéns pelo texto.
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Queridos comentaristas,
O problema da pívia, vergonhosa e humilhante participação desta nação brasileira de quase 200 milhões de cidadões é um só… e não tem nada a ver com amarelou, porém muito…
Propinoduto nos esportes – vamos aos fatos:
1º- Só se manda para olímpiada atletas com índice olímpico para medalha de ouro (é o que fazem as nações medalhistas desde sempre).
2º- Mandar para as olímpiadas atletas meramente com índices olímpicos classificatórios para participação é mero e real propinoduto com meu e seu dinheiro.
3º- Investir em atleta sem condições previamente quantificáveis para disputar o primeiro lugar é debochar do povo e torcida brasileiros = propinoduto na cara dura.
4º- Apostar na sorte que algum desses submedalhistas vai disputar o ouro é apenas: engana que o povo é trouxa.
5º- O problema não é de dinheiro, mas de treinamento e seleção de atletas. É rídiculo ficar treinando neguinho sem condições claramente medidas de possibilidades de vitória. Ex: para a prova dos 100m rasos masculino o corredor que quiser disputar o ouro já tem que chegar na olímpiada com desempenho abaixo dos 10s. Se o tempo do corredor não está abaixo dos 10s já é claro que ele não vai disputar a medalha de ouro. E assim segue para todas as outras modalidades: ora é questão de medida de tempo, ora de medida de comprimento, ora de medida de distância, ora de medida de exatidão etc.
6º- Enquanto ficarem dando apoio, de irem para olímpiada, atletas de mero bom desempenho sul americano estaremos eternamente enganando eles e nós. Entretando claro que muitos envolvidos ficam embolsando centenas de milhões que o país injeta nos esportes olímpicos.
7º- Tenho vergonha de tanta safadeza e incompetência! E em 2016 estaremos vendo nossa torcida em peso desesperada e aos gritos torcendo nas arquibancadas por esse, novamente, conjunto de atletas desqualificados para disputa de ouro. VERGONHA!!!
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Em quatro anos se pode fazer muito…
Mas o ponto principal é já começar a treinar os nossos próximos atletas olímpicos dentro apenas de parâmetros de medalha de ouro. E deixar isso bem claro para esses competidores pinçados de todas as partes de nosso país.
E os resultados futuros no quadro de medalhas serão maravilhosos.
–
Porém no próximo PAN já dará para avaliarmos se a coisa tá saindo do brejo dos perdedores ou não. Aff!!
–
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Acho que o Pan engana nesse aspecto. O país tem um desempenho maravilhoso no Pan, mas a Olimpíada está num nível completamente diferente.. Tanto que na maioria dos esportes os EUA mandam sua equipe B.
Outra coisa é isso: construir não só uma equipe com uns gatos pingados (principalmente no atletismo), mas construir equipes A e B, pra dar conta de todas as competições e desenvolver atletas vindo de contusão ou jovens que ainda não alcançaram seu máximo.
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O Brasil tem desempenho “maravilhoso” no Pan pois são poucos países (entre 30 e 40) competindo e a grande maioria destes países é pequena, levam poucos atletas. Aí é fácil se destacar. Isto é matemática simples. Além disso, estamos no “Novo Mundo”. Na Europa, Eurásia e Ásia existem dezenas de nações com tradições esportivas centenárias. E isto ainda é só uma parte da história toda…
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O Cielo tinha índice para medalha de ouro, saiu com bronze. Esse foi digno de torcida. Pois estava lá por real possibilidades, não enganou ninguém apesar do bronze duramente ganho. Para todos os nossos atletas com índice para ouro nesta olímpiada de Londres tiro meu chapéu, independente de terem ganho ou não. Já os outros… o que será que seus treinadores lhes dizem… quem sabe: “vai lá… tenta de novo o teu índice sul americano, quem sabe os favoritos tropecem no meio da prova, e vc ganha.”
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Uma visão importante a respeito do mesmo assunto é a do Álvaro José, que pra mim é o maior especialista em esportes olímpicos no Brasil:
http://esportes.r7.com/blogs/alvaro-jose/2012/09/12/verba-bem-aplicada-chave-do-cilclo-olimpico/
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Olá,
Achei teu post bastante interessante e descreve bem o assunto.
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Concordo em tudo.Além disso tem a parcialidade da midia que exagera nas qualidades dos atletas brasileiros e nos defeitos dos adversários; os atletas brasileiros quando são derrotados dificilmente admitem que o adversário foi melhor; sempre dão a desculpa do vento, da bola e outras…Talvez a maior mentira de todas é dizer que o volley brasileiro é o melhor do mundo…Se fosse verdade haveria centenas de empresas privadas querendo investir; por que o Banco do Brasil tem que fazer isso, disperdiçando dinheiro público? Ficando a impressão que nenhum orgão: TCU, MP e outros se empenham em fiscalizar o destino dos milhares de reais gastos pelo Banco do Brasil, Caixa Economica, Furnas, Correios, enfim, desperdício de dinheiro público…
TCU, MP, entidades da sociedade civil vamos cobrar o destino do nosso dinheiro público desperdiçado no pseudo esporte brasileiro.Aliás, é errado fazer como o Brasil faz: investe em atletas; o correto seria investir em esportes.Outro em uma competiçao de volley, uma atleta(não me lembro quem) ostentava dois patrocínios de empresas públicas(também não lembro quais; fiquei estarrecido indignado.Será que essa atleta é “apadrinhada”? Felipe Nasr, Alison e outros do volley de praia também são “apadrinhados”?Pergunto isso porque todos eles parecem que são sustentados por patrocínios de empresas públicas como Banco do Brasil, Furnas e outras…
A mídia também é FEMINISTA: quando se trata de esportes masculinos, eles falam os homens, os marmanjos, parecendo sempre um tom depreciativo.Mas quando se trata de esportes femininos; eles sempre dizem: as meninas, etc, ou, seja, trata as mulheres com respeito e os homens com desprezo, desrespeito…
Antonio
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